Estou cheia de dores… ando com uma crise qualquer de coluna que me esta a atazanar o juízo de uma maneira rebelde. Mas agora, reflectindo bem e de pé, para ver se as dores não pioram, não sei se estou pior das dores ou pelo facto de, como elas não passam, ter de ir ao centro de saúde!
Da última vez que lá fui tive um episódio que me marcou profundamente… a Srª que lá estava, como boa funcionária pública de atendimento ao cliente, não quis minimizar a má fama da sua classe e fez jus da sua posição. Começou aos gritos comigo, com as sobrancelhas quase unidas de tão arreganhadas que estavam, porque eu não tinha um papel que, supostamente, eles deveriam ter enviado para minha casa, depois de alterarem o sistema. Primeiramente ignorei, e pedi para ser atendida (eu acho que eles ignoram o facto de nós irmos ás urgências, apenas porque se trata de uma emergência e estarmos aflitos e aproveitam qualquer momento para lavar roupa suja). E a senhora insistiu. A raiva começou a entrar e entranhar-se em mim e em poucos momentos fiquei possuída, na verdadeira acessão da palavra, naquele momento senti que precisava de algo bastante forte para exorcizar aquele sentimento tão mau e tão profundo que havia sido provocado em mim e mandei um grito à Srª e perguntei : “Mas se a culpa é vossa que não mandaram o papel, ACABA imediatamente com esse tom de crítica e com a conversa em estilo de raspanete e arranje maneira de me atenderem!” É claro que a minha mãe, muito pudica nestes assuntos, repetiu várias vezes que eu tinha muita febre para se justificar perante a audiência que apreciava o espectáculo…
Por isso imaginem a vontade que tenho de me sujeitar a cenas destas!